segunda-feira, 2 de setembro de 2013

método Teacch

MÉTODO TEACCH

O programa Teacch (Treatment and Education ofAutistic
and Related Communication Handicapped Children), que
em português significa Tratamento e Educação para Autistas
e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação, é
um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto
de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos
das crianças autistas em diferentes situações e
frente a diferentes estímulos . 

A divisão Teacch foi fundada em 1972 na Universidade da Carolina do Norte, EUA, pelo Dr. Eric Schopler et al. do departamento de psiquiatria dessa Universidade. As pesquisas do Dr. Schopler apontam algumas
conclusões relativas às crianças autistas. 

Em primeiro lugar, o autista é vítima de uma síndrome, e muitos dos seus distúrbios de comportamento podem ser modificados à
medida que ele consegue expressar-se e entender o que se
espera dele . Outro dado importante é que as crianças autistas
são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e
também respondem mais consistentemente aos estímulos
visuais que aos estímulos auditivos.(') 0 método Teacch fundamenta-
se em pressupostos da teoria comportrtamentol e da psicolingüística.

Vamos esclarecer alguns pontos fundamentais da terapia
Comportamental para a compreensão do modelo
Teacch .? Além de indicar, especificare definir operacional
mente os comportamentos-alvo a serem trabalhados, o
terapeuta do programa Teacch tem a possibilidade de desenvolver
categorias de repertórios que permitem avaliar
de maneira qualitativa aspectos da interação e organização
do comportamento, bem como o curso do desenvolvimento individual em seus diferentes níveis. 
É imprescindível que o terapeuta manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou,
pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo.

Passando para a área da psicolingüística, a prática
Teacch fundamenta-se nessa teoria a partir da afirmação de
que a imagem visual é geradora de comunicação . A lingua
gem, inicialmente não-verbal, sendo um sistema simbólico
complexo, baseia-se na interiorização das experiências. 

Ao mesmo tempo que a linguagem não-verbal vai dando significados
às ações e aos objetos, vai também consolidando a linguagem interior.

0 corpo vai incorporando significados através da "ação no mundo" enquanto desenvolve de maneira progressiva a comunicação - que pode ser oral, gestual, escrita etc. A linguagem, portanto, é o resultado da transformação da informação sensorial e motora em símbolos
integrados significativamente.

Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch
trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a
expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras,
cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos
corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som,
palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem
oral ou uma comunicação alternativa.

Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos,
palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex .,
potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que
serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de
trabalho são programados individualmente e ensinados
um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena
desenvoltura na realização de uma atividade (conduta
adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma 
sistemática.




Experiência com o método Teacch

A prática da metodologia Teacch foi conhecida por
meio de observações do trabalho realizado em uma instituição
educacional brasileira e de entrevistas com os profissio
nais envolvidos nesse trabalho . A instituição atende pessoas
carentes e é mantida por doações. Possui duas sedes,
onde são atendidos por volta de SO crianças e jovens, sendo
12 residentes.

Foi elaborado um programa pedagógico que segue os
preceitos da pré-escola e do início do curso fundamental . Há
também programas pré-profissionalizantes e de atividades
devida diária que complementam o trabalho em sala de aula.
A classe é, geralmente, composta por quatro alunos; há
um professor e um assistente. Enquanto o professor ensina
uma tarefa nova a um aluno, os outros trabalham sozinhos sob
a supervisão do assistente. 

Estes profissionais não têm obrigatoriamente
um curso superior ou especialização na área ; são
treinados, num curso teórico-prático na própria escola.
0 professor ensina uma tarefa conduzindo as mãos do
aluno e sempre utilizando os cartões como apoio visual .
Aos poucos, direciona cada vez menos até que a criança
consiga realizar a atividade sem ajuda, apenas sendo guiada
pelos cartões.

Além deste trabalho educacional, os profissionais com
formação superior em musicoterapia, educação física e
fonoaudiologia, vem desenvolvendo outros programas que
são conjugados à rotina diária dos autistas .
0 trabalho fonoaudiológico compreende diferentes
abordagens, escolhidas a partir da avaliação feita pela
fonoaudióloga de cada criança . Além disso, a fonoaudiólo
gatambém avalia motricidade oral . A"aula de fono", como
é chamada, é sempre individualizada e abrange os aspectos
linguagem e motricidade oral . 0 trabalho educacional do
Teacch enfatiza mais a comunicação receptiva.

Apesar de os princípios metodológicos do Teacch incluírem,
além dos estímulos visuais, os estímulos corporais
e audiocinestésicos para desenvolver comunicação, a fono
audióloga declarou, em entrevista, que não utiliza aprendizado
de linguagem de sinais porque acredita que o problema
do autista não seja o mutismo ; o que ocorre é que ele
não processa a informação via comunicação gestual (mesmo
ela sendo de caráter visual), pois não consegue simbolizar.
Isto é, o autista não tem capacidade cognitiva para
entender o significado dos gestos, que são simbólicos e
não representativos fiéis das palavras. 

As "aulas de fono" têm caráter diretivo, a verbalização é usada para dirigir e reforçar atividades e a postura da fonoaudióloga é formal e
séria .
O método TEACCH foi desenvolvido na década de sessenta no Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina na Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, representando, na prática, a resposta do governo ao movimento crescente dos pais que reclamavam da falta de atendimento educacional para as crianças com autismo na Carolina do Norte e nos Estados Unidos.

Com o tempo, o TEACCH foi implantado em salas especiais em um número muito grande de escolas públicas nos Estados Unidos. Essa implantação se deu com tal empenho, tanto dos professores quanto do Centro TEACCH da Carolina do Norte, que permitiu que esse
método fosse sendo aperfeiçoado por meio do intercâmbio permanente entre a teoria do Centro e a prática nas salas de aula.

O ponto de partida foi o estabelecimento de uma visão realista dessa criança, a princípio muito inteligente, mas “fechada em uma redoma de vidro”, isto é, incomunicável por decisão dela própria. Em 1967, quando Alpern começou a testar as crianças a partir de expectativas mais baixas, constatou-se que na maioria dos casos que posteriormente foram identificados como pertencentes ao autismo estavam presentes dificuldades reais de aprendizagem e de comunicação que precisavam ser levadas em conta nas salas de aula.

O método TEACCH utiliza uma avaliação denominada PEP-R (Perfil Psicoeducacional Revisado) para avaliar a criança e determinar seus pontos fortes e de maior interesse, e suas dificuldades, e, a partir desses pontos, montar um programa individualizado.

O TEACCH se baseia na adaptação do ambiente para facilitar a compreensão da criança em relação a seu local de trabalho e ao que se espera dela. Por meio da organização do ambiente e das tarefas de cada aluno, o TEACCH visa o desenvolvimento da independência
do aluno de forma que ele precise do professor para o aprendizado de atividades novas, mas possibilitando-lhe ocupar grande parte de seu tempo de forma independente.

Partindo do ponto de vista de uma compreensão mais aprofundada da criança e das ferramentas de que o professor dispõe para lhe dar apoio, cada professor pode adaptar as idéias gerais que lhe serão oferecidas ao espaço de sala de aula e aos recursos disponíveis, e
até mesmo às características de sua própria personalidade, desde que, é claro, compreenda e respeite as características próprias de seus alunos.



O programa Teacch (Treatment and Education ofAutistic and Related Communication Handicapped Children), é um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos das crianças autistas em diferentes situações e frente a diferentes estímulos. 

A divisão Teacch foi fundada em 1972 na Universidade da Carolina do Norte, EUA, pelo Dr. Eric Schopler et al. do departamento de psiquiatria dessa Universidade. As pesquisas do Dr. Schopler apontam algumas conclusões relativas às crianças autistas . 

Em primeiro lugar, o autista é vítima de uma síndrome, e muitos dos seus distúrbios de comportamento podem ser modificados à medida que ele consegue expressar-se e entender o que se espera dele. 

Outro dado importante é que as crianças autistas são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos.(') 0 método Teacch fundamenta- se em pressupostos da teoria comportrtamentol e da psicolingüística.
Vamos esclarecer alguns pontos fundamentais da terapia Comportamental para a compreensão do modelo
Teacch?

Além de indicar, especificare definir operacional mente os comportamentos-alvo a serem trabalhados, o terapeuta do programa Teacch tem a possibilidade de desenvolver categorias de repertórios que permitem avaliar de maneira qualitativa aspectos da interação e organização do comportamento, bem como o curso do desenvolvimento individual em seus diferentes níveis . É imprescindível que o terapeuta manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo. Passando para a área da psicolingüística, a práticaTeacch fundamenta-se nessa teoria a partir da afirmação de que a imagem visual é geradora de comunicação. 

A linguagem, inicialmente não-verbal, sendo um sistema simbólico complexo, baseia-se na interiorização das experiências. Ao mesmo tempo que a linguagem não-verbal vai dando significados às ações e aos objetos, vai também consolidando a linguagem interior. 0 corpo vai incorporando significados através da "ação no mundo" enquanto desenvolve de maneira progressiva a comunicação - que pode ser oral, gestual, escrita etc. A linguagem, portanto, é o resultado da transformação da informação sensorial e motora em símbolos integrados significativamente.

Na terapêutica psicopedagógica do método Teacch trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa . Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (p . ex ., potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola . Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo terapeuta . Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática.

Experiência com o método Teacch

A prática da metodologia Teacch foi conhecida por meio de observações do trabalho realizado em uma instituição educacional brasileira e de entrevistas com os profissionais envolvidos nesse trabalho. A instituição atende pessoas carentes e é mantida por doações. Possui duas sedes, onde são atendidos por volta de SO crianças e jovens, sendo 12 residentes.

Foi elaborado um programa pedagógico que segue os preceitos da pré-escola e do início do curso fundamental . Há também programas pré-profissionalizantes e de atividades devida diária que complementam o trabalho em sala de aula. A classe é, geralmente, composta por quatro alunos; há um professor e um assistente. Enquanto o professor ensina uma tarefa nova a um aluno, os outros trabalham sozinhos sob a supervisão do assistente. 

Estes profissionais não têm obrigatoriamente um curso superior ou especialização na área ; são treinados, num curso teórico-prático na própria escola. 0 professor ensina uma tarefa conduzindo as mãos do aluno e sempre utilizando os cartões como apoio visual . Aos poucos, direciona cada vez menos até que a criança consiga realizar a atividade sem ajuda, apenas sendo guiada pelos cartões.

Além deste trabalho educacional, os profissionais com formação superior em musicoterapia, educação física e fonoaudiologia, vem desenvolvendo outros programas que são conjugados à rotina diária dos autistas .  O trabalho fonoaudiológico compreende diferentes abordagens, escolhidas a partir da avaliação feita pelafonoaudióloga de cada criança . Além disso, a fonoaudiólo gatambém avalia motricidade oral . A"aula de fono", como é chamada, é sempre individualizada e abrange os aspectos linguagem e motricidade oral . 0 trabalho educacional do Teacch enfatiza mais a comunicação receptiva.

Apesar de os princípios metodológicos do Teacch incluírem, além dos estímulos visuais, os estímulos corporais e audiocinestésicos para desenvolver comunicação, a fono audióloga declarou, em entrevista, que não utiliza aprendizado de linguagem de sinais porque acredita que o problema do autista não seja o mutismo; o que ocorre é que ele não processa a informação via comunicação gestual (mesmo ela sendo de caráter visual), pois não consegue simbolizar. Isto é, o autista não tem capacidade cognitiva para entender o significado dos gestos, que são simbólicos e não representativos fiéis das palavras. 

As "aulas de fono" têm caráter diretivo, a verbalização é usada para dirigir e reforçar atividades e a postura da fonoaudióloga é formal e séria