quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Fonoaudiologia e autismo

Fonoaudiologia e autismo

A Fonoaudiologia é vital para o autismo
Durante décadas, predominou o conceito de que o Autismo era uma doença psicológica, a qual se baseava na dificuldade de relacionamento entre mãe e filho e, conseqüentemente, a criança não teria um desenvolvimento normal.
Nos últimos quinze anos, aproximadamente, o conceito de Autismo mudou. Segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), publicada pela Organização Mundial de Saúde, o Autismo é uma disfunção neurológica de base orgânica, que afeta a sociabilidade, a linguagem, a capacidade lúdica e a comunicação.
O Autismo não ocorre por bloqueios ou razões emocionais, como insistiam os psicanalistas, mas pode ser agravado por eles. As causas podem ser viroses gestacionais (como citomegalovirus), quadros de hipoxia (déficit de oxigenação no parto), presença do X Frágil, infecções e mal formações congênitas, toxoplasmose, rubéola etc. Acomete cerca de 5 entre 1.000 nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que entre meninas.
As crianças autistas apresentam os sintomas até os três primeiros anos de idade. O desenvolvimento da fala, nessas crianças, é lento e anormal, senão ausente, caracterizando-se pela repetição daquilo que é dito por terceiros ou pela substituição das palavras por sons mecânicos.
São sintomas freqüentes do autismo, a falta de reação a sons e à dor, assim como a incapacidade de reconhecer situações de perigo, e a repetição rítmica de certos movimentos como, por exemplo, balançar o tronco para a frente e para trás ou bater palmas.
Como o autista tem grave alteração de comunicação, mais especificamente no desenvolvimento de linguagem, a figura do fonoaudiólogo é imprescindível para o tratamento precoce da criança.
O Autismo é associado ao retardo mental em cerca de 70% dos casos, e poucos indivíduos apresentam Q.I. acima de 80.
Durante décadas, muitos que não foram tratados precocemente, foram diagnosticados como doentes mentais e internados em instituições fechadas.
A terapia fonoaudiológica deve contar com o envolvimento da família, especialmente da mãe, para a melhora da criança. Todos os casos atendidos por mim, tiveram uma melhora significativa, pois alguns começam a falar e outros se comunicam, frequentando escolas comuns ou especiais.
Há crianças que decoram calendários e anúncios de televisão, e são identificadas como Autistas, mas, na verdade, são portadores da Síndrome de Asperger, que está classificada no mesmo grupo dos Autistas, em Transtornos Invasivos do Desenvolvimento ou Distúrbios Globais do Desenvolvimento.

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