quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Textos

Bumba meu Boi

Bumba meu Boi é uma dança folclórica da cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba-meu-boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. A lenda é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade.

A CANOA VIROU
A CANOA VIROU
POIS DEIXARAM ELA VIRAR
FOI POR CAUSA DE [FULANA]
QUE NÃO SOUBE REMAR.
SE EU FOSSE UM PEIXINHO
E SOUBESSE NADAR
EU TIRAVA [FULANA]
DO FUNDO DO MAR.
SIRI PRA CÁ
SIRI PRA LÁ
[FULANA] É BELA
E QUER CASAR.

O cavalo e o burro, fábula de Monteiro Loba

O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade.  O cavalo contente da vida, folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado!  gemendo sob o peso de oito.  Em certo ponto, o burro parou e disse:

– Não posso mais!  Esta carga excede às minhas forças e o remédio é repartirmos o peso irmãmente, seis arrobas para cada um.

O cavalo deu um pinote e relichou uma gargalhada.

– Ingênuo!  Quer então que eu arque com seis arrobas quando posso tão bem continuar com as quatro?  Tenho cara de tolo?

O burro gemeu:

– Egoísta,  Lembre-se que se eu morrer você terá que seguir com a carga de quatro arrobas e mais a minha.

O cavalo pilheriou de novo e a coisa ficou por isso.  Logo adiante, porém, o burro tropica, vem ao chão e rebenta.

Chegam os tropeiros, maldizem a sorte e sem demora arrumam com as oito arrobas do burro sobre as quatro do cavalo egoísta.  E como o cavalo refuga, dão-lhe de chicote em cima, sem dó nem piedade.

– Bem feito!  exclamou o papagaio.  Quem mandou ser mais burro que o pobre burro e não compreender que o verdadeiro egoísmo era aliviá-lo da carga em excesso?  Tome!  Gema dobrado agora…













Chovia muito. O plic...plic... das águas não parava.
Em breve, os animais morreriam afogados.
Nosso Senhor teve pena deles. Mandou que o velho Noé os abrigasse. Este morava em uma grande casa.
Em uma arca. Fora presente do Senhor.
O bondoso Noé sorriu. Depois abriu a porta de sua arca.
Para lá subiram os animais, aos casais... um animal masculino e outro feminino:
O galo e a galinha
O peru e a perua
O coelho e a coelha
O pavão e a pavoa
O macaco e a macaca
Depois de alguns dias, a chuva parou. Uma pombinha branca foi ver a terra. Encontrou o sol a seca-la.
Então Noé abriu a porta da arca. De lá partiram os animais.
Foram para suas antigas moradas.
Até hoje vivem tranqüilos.
Cada qual com sua companheira:
O bode e a cabra
O porco e a porca
O boi e a vaca
O leão e a leoa
O cavalo e a égua
O carneiro e a ovelha
O cão e a cadela.
                                 (Nazir Cardoso. Em: Revista Pedagógica Brasileira.)

A Avó do Meninó; Texto Infantil de Cecília Meireles

A avó
vive só.
Na casa da avó
o galo liró
faz “cocorocó!”
A avó bate pão-de-ló
E anda um vento-t-o-tó
Na cortina de filó.
A avó
vive só.
Mas se o neto meninó
Mas se o neto Ricardó
Mas se o neto travessó
Vai à casa da avó,
Os dois jogam dominó. 

Cecília Meireles 

Do livro: Ou isto ou aquilo – Editora Nova Fronteira

Bailarina

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.

Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá.

Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.

Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.

Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.

Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.

Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.



Texto excelente para trabalhar com a temática Meio Ambiente.

Era uma vez uma linda florzinha que se chamava Magali.
Ela era toda delicada e amarelinha e ficava muito feliz quando alguém cheirava o seu perfume.

Todas as manhãs logo que o sol nascia ela acordava, espreguiçava suas pétalas e exalava um delicioso perfume.
Todos que passavam perto da Magali e sentiam seu cheiro ficavam felizes e percebiam como a natureza é um presente maravilhoso de Deus.

Até mesmo os beija-flores e as abelhinhas ficavam encantados com a beleza de Magali e vinham visitá-la para se alimentarem com o seu pólen e a cobriam de beijos em agradecimento pelo alimento.

Um belo dia Magali, que era muito bondosa, observou que perto da árvore onde morava havia uma família de esquilos com lindos filhotinhos famintos que precisavam de comida para crescerem fortes.
Magali escutou a mamãe esquilo dizendo que estava difícil encontrar frutas para alimentar os filhotes porque haviam poucas árvores frutíferas plantadas naquela região.

Infelizmente os homens arrancavam as árvores para utilizar a madeira e deixavam muitos animais desprotegidos, sem casa e sem alimento.

Então Magali lembrou que Jesus nos ensinou a ajudar quem precisa e teve uma idéia: reuniu todas as flores que moravam naquela mesma árvore e decidiram que estava na hora de se transformarem em frutos deliciosos.

Na manhã seguinte todas as flores haviam se tornado frutinhas verdes que cresceram e ficaram bem maduras para servirem de alimento para aqueles esquilinhos que poderiam crescer saudáveis.


Em agradecimento a Deus pelo alimento, os esquilinhos guardaram as sementes das frutas que comeram e plantaram para que crescessem mais árvores de flores cheirosas e frutos deliciosos, para que nenhum animal da floresta sentisse fome novamente.


CHICO COCHICHO
ESTA É A CASA DE CHICO COCHICHO,
ONDE VOCÊ VAI PODER ACHAR
MUITA PLANTA, GENTE E BICHO!

GALINHA CHOCA, CHICÓRIA E CHUCHU,
UMA MACACA CHAMADA CHITA
E OS CHIFRES DO BOI ZEBU.

ESTA É A CASA DA CHÁCARA DO CHICO COCHICHO:
TEM SALA, QUARTO, BELICHE, ATÉ!
TEM BANHEIRO COM CHUVEIRO
E COZINHA COM CHAMINÉ!


Adivinha
O que é que salta, dá um espirro e vira pelo avesso?
Resposta: Pipoca

Tem barba, mas não é homem; tem dente mas não é gente?
Resposta: Alho

Nasce no mato, no mato se cria e só dá uma cria?
Resposta: Bananeira

O que é, o que é, que tem escama mas não é peixe, tem coroa mas não é rei?
Resposta: Abacaxi

O que é, o que é, um mundo verde onde a terra é vermelha e os habitantes são pretos?
Adivinhas sobre AlimentosResposta: Melancia

O que é, o que é, uma comida que liga e desliga?
Resposta: StrogOnOff

Alto como torre, verde como couve, branco como papel, doce como mel e amargo como fel.
Resposta: Coco

Que fruta se usa no trabalho?
Resposta: Lima

Estão em cima de um fio, pérolas sem furo, Deus é quem arruma e a pessoa desmancha.
Resposta: Cacho de uvas

O que é, o que é, a galinha no choco cachorro late?
Resposta: Chocolate

Eu sou uma coisa que desaparece no calor e permanece no frio.
Resposta: Manteiga

Uma lagoa com uma canoinha dentro
Resposta: Ovo

Tem pé mas não caminha, tem olho mas não vê, tem cabelo mas não penteia Resposta: Milho

Este homem que eu admiro tanto,
com todas as suas virtudes e também com seus limites.
Este homem com olhar de menino, sempre pronto e atento,
mostrando-me o caminho da vida, que está pela frente.

Este mestre contador de histórias
traz em seu coração tantas memórias,
espalha no meu caminhar muitas esperanças,

certezas e confiança. Este homem alegre e brincalhão,
mas também, às vezes, silencioso e pensativo,
homem de fé e grande luta,
sensível e generoso.

O abraço aconchegante a me acolher, este homem,
meu pai, com quem aprendo a viver.
Pai, paizinho, paizão...
meu velho, meu grande amigão, conselheiro e leal amigo:
infinito é teu coração.


Aquarela
Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo
E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo
Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva
E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel
num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu
Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul

Vou com ela viajando Havaí, Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela branco navegando,
é tanto céu e mar num beijo azul

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená
Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar
Basta imaginar e ele está partindo, sereno e lindo
e se a gente quiser ele vai pousar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida
com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida
De uma América a outra consigo passar num segundo
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo

Um menino caminha e caminhando chega no muro
e ali logo em frente a esperar pela gente o futuro está
E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar

Não tem tempo nem piedade nem tem hora de chegar
Sem pedir licença muda nossa vida,
depois convida a rir ou chorar

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar
Vamos todos numa linda passarela
de uma aquarela que um dia enfim
Descolorirá

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)
e com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá)
Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (e descolorirá)
(Toquinho e vinícius de Moraes)


Sonhos do Saci
Saci pererê
Saracoteia na mata.
Saci sererê
Assusta, não mata.

Saci sirigaita
Solitário e sabichão.
Saci pega a gaita
E toca uma canção.

 


Saci no sonho
É mais risonho.
Saci no sonho
É mais moleque.

Saci na selva
Salta e samba só.
Saci na relva
Sonha, sonha que dá dó.
Saci no sítio
Só faz sururu.
Saci no sonho
Só dança o cururu.

Saci no sonho
É mais serelepe.

Com quem sonha o saci?
Saci, com que será?

Saci sonha com duas pernas,
Saltando de lá para cá.



O Mundo das Borboletaspor: Heloíse Araújo da Silva



Nenhum comentário:

Postar um comentário